segunda-feira, 13 de setembro de 2010

A importância do mangue

O alto valor dos manguezais reside na proteção à linha de costa que oferecem, na manutenção da qualidade da água, na sua elevada produtividade biológica e na condição de propiciar abrigo, habitat e alimentação a um grande número espécies marinhas e terrestres.



Esses ecossistemas estão entre os mais produtivos e são considerados ecossistemas-chave já que provém uma grande variedade de recursos naturais e serviços ambientais que dão suporte a atividades econômicas e asseguram integridade ambiental em áreas costeiras tropicais.



Devido à riqueza de matéria orgânica disponível, uma grande variedade de seres vegetais e animais irão utilizá-la: centenas de diferentes tipos de minúsculos seres, denominados plâncton. A fração vegetal do plâncton, denominada fitoplâncton, retira os sais nutrientes da água e, através da fotossíntese, cresce e se multiplica. A porção animal do plâncton, o zoo-plâncton, alimenta-se das microalgas do fitoplâncton e de matéria orgânica em suspensão. Larvas de camarões, caranguejos e siris filtram a água e retiram microalgas e matéria orgânica. Pequenos peixes filtradores, como a manjuba, também se alimentam desse rico caldo orgânico. A partir das microalgas, se estabelece uma complexa teia alimentar.



Quanto à fauna, destacam-se as várias espécies de caranguejos, formando enormes populações nos fundos lodosos. Nos troncos submersos, vários animais filtradores, tais como as ostras, alimentam-se de partículas suspensas na água. Os caranguejos em sua maioria são ativos na maré baixa, enquanto os moluscos alimentam-se durante a maré alta. Uma grande variedade de peixes penetra nos manguezais na maré alta, muitos deles constituem o estoque pesqueiro das águas costeiras dependem das fontes alimentares do manguezal, pelo menos na fase jovem. Diversas espécies de aves comedoras de peixes e de invertebrados marinhos nidificam nas árvores do manguezal. Alimentam-se especialmente na maré baixa, quando os fundos lodosos estão expostos.



O mangue é também o local onde muitos moluscos, peixes e crustáceos encontram condições ideais para reprodução, berçário, criadouro e abrigo.



As raízes do mangue funcionam como filtros na retenção dos sedimentos e constitui importante banco genético para a recuperação de áreas degradadas. Sua vegetação serve para fixar as terras impedindo a erosão e funciona tambem como bloqueador da energia das marés altas, ajudando a proteger é estabilizar a faixa costeira, conforme cita o artigo FLORESTAS DE MARÉ, publicado na revista nathional Geographic, em 01.02.07



"Os clamores pela conservação conseguiram breve mais importante atenção na esteira do tsunami2 de 2004, no oceano indico. Nos locais onde os manguezais estavam intactos, eles atuaram como quebra-mar natural, dissiparam a energia das ondas, minimizaram danos às propriedades e talvez tenham salvado vidas. Depois da tsunami, a lógica de permitir que esses bioescudos fossem destruídos pareceu não só falha, mas censurável"

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